A vida não pode ser só estudar e fazer exames! Consegui arranjar tempo pelo meio para comprar uns livros, ver uns filmes, umas peças de teatro e uns concertos que é para não dar em doido! Ora então cá está o guia cultural:
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"Hamlet"Vi (ao longo de 3 dias) o Hamlet de Shakespeare, interpretado num filme de 4 horas protagonizado e realizado pelo Kenneth Branagh. Tudo o que tenho a dizer é que fiquei muito agradavelmente surpreendido. Não conhecia nada do amigo Shakespeare, só mesmo de nome, mas a peça é excelente, tem declamações brutais ("To be or not to be") e o filme está impecavelmente feito(mesmo sendo muitaaa comprido). Recomendo!!
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"Much ado about nothing"Esta é uma peça de teatro também do Sr. Shakespeare, só que desta feita é uma comédia! Ou pelo menos uma espécie de comédia... a maior parte da peça é divertida, mas perto do final tem uma parte um bocado bruta. Mas pronto, tudo acaba bem como seria de esperar. Fui ver ao ADC Theatre, um teatro ali no centro da cidade em que as peças são todas feitas por estudantes. Deu para rir e matar as saudades do teatro.
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Concerto no West Road Concert HallComo todos os concertos neste sítio, este foi impecável. Desta vez começou-se suavemente com "Finlândia" do Sibelius (não conhecia, não deu para apreciar como deve ser). Uma orquestração meio confusa, mas pronto lá se safaram. A seguir veio o prato principal da noite: o concerto para Piano nr. 2 em Dó menor de Rachmaninov. É lindo! Foi interpretado por um senhor no mínimo um pouco gay, mas que tocava no instrumento como quem sabe o que faz! Para acabar, tivemos direito a uma sinfonia de Haydn: música divertida e leve.
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Le Petit Prince de Antoine de Saint ExupéryTenho a certeza que muitos de vocês já o leram, ou pelo menos já ouviram falar dele. Há muita coisa
aqui. Tive a sorte de ler o livro em francês, e é muito bom. Um livro para "crianças" que tem muito a dizer sobre as vidas de todos nós ("je suis sérieux moi!").
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Karl Popper, "The Logic of Scientific Discovery"Este é 'O' tratado de filosofia da ciência. Ainda estou no princípio do livro, mas as teses são bastante conhecidas nos círculos científicos, e mais concretamente na física: aquilo que define uma teoria científica é o critério de FALSIFICAÇÃO, isto é a teoria tem de fazer previsões passíveis de ser comprovadas ou rejeitadas experimentalmente. Isto automaticamente exclui palermices (perdoem-me as pessoas de boa fé) como astrologias, tarots, cristais, cientologias, and sóione, and sóione; não que estas não tenham o seu interesse puramente como entretenimento. Mas, isto dava pano para mangas e deixarei talvez para uma outra posta.
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Roland Barthes, "Le Plaisir du Texte"Este também ainda não comecei a ler, mas parece ser giro. Há pouco tempo li um dum tipo chamado C.S. Lewis sobre crítica literária e que era excelente. O senhor manda às urtigas todos esses pretensiosos e pseudo-intelectuais que usam "arte" para se fazerem superiores, e trata o ler um bom livro como ouvir uma boa música. Este Barthes parece apoiar a mesma tese, mas um bocadinho mais forte. Ler um bom texto é como sexo: qualquer um pode fazê-lo e tirar prazer disso. Parece interessante eheh
E "prontos", só para vos dar um cheirinho do que ando para aqui a fazer para me entreter. Agora, de volta ao trabalho!